RELATÓRIO DE ATIVIDADES – JANEIRO DE 2011
1ª Atividade: Divulgação do Projeto “Peabiru, o caminho suave”
– Iara Filardi, assessora de imprensa, veio para nossa reunião de equipe no dia 05/01, conheceu nosso projeto e apresentou-nos uma proposta: trabalhar as editorias de meio ambiente, cotidiano e cultura (jornais falados e escritos da cidade de São Paulo) durante dois meses, começando dia 12/01 (para aproveitar o aniversário de São Paulo), divulgando a importância deste projeto, e depois trabalhar o mês de agosto para divulgar os eventos simpósio e teatro.
– Após nossa primeira reunião com Iara Filardi, decidimos levá-la para conhecer a Chácara e a Fonte. Surpresa: o pequeno portão do muro construído ilegalmente na Rua da Fonte, estava trancado com corrente e cadeado. Não conseguíamos mais chegar até a Fonte. Neste mesmo dia à tarde, o DPH/SMC nos procurou para agendar uma visita à Fonte, com a nova arqueóloga e o fotógrafo oficial. Dissemos não saber quando conseguiríamos chegar novamente à Fonte.
Vista da Rua da Fonte em 2007.
Vista da Rua da Fonte em 05/12/2011. Observe, no fundo, muro irregular fechando a rua.
– No dia 06 escrevemos um email para o subprefeito do Butantã, Sr Régis Oliveira, lembrando-o que desde 2008, logo após o muro ter sido levantado, registramos num SAC (solicitação de atendimento ao cidadão), pedido para a retirada do muro. Logo o subprefeito nos colocou em contato com seu assessor distrital, Sr Marcelo Ferreira. Dia 07, como não havia veículo disponível para trazer Marcelo para vistoriar este muro, fomos buscá-lo com nosso carro. Dias depois ele nos procurou para agendarmos uma reunião e dia 20 estávamos quase todos (Dinho, Vani, Roberta, Paulinho, Alice e Cecília) logo cedo na subprefeitura. Além do Marcelo também conversamos com Manoel que nos trouxe uma foto aérea de 1972 onde a rua da Fonte aparece atravessando a Chácara, portanto chegando até a Fonte, sem muro que interrompesse a passagem. Não bastasse este documento, Manoel quis vir fazer nova vistoria. Desta vez, alguns vizinhos chamaram o Nelson, que mora exatamente sobre a Fonte, que trouxe a chave e nos abriu o cadeado. Chegamos até a Fonte. O abandono da área é muito grande. Caminhávamos sobre a água que cobria a rua. O mato estava alto. Muitos mosquitos e outros insetos (embora os muitos casos de dengue registrados no ano passado, aqui no Butantã). Os funcionários da subprefeitura trouxeram listagem dos encaminhamentos dado ao nosso SAC mostrando que o processo está parado em PATRI. Será para confirmar se a Rua da Fonte pertence mesmo ao Município? E se a Rua da Fonte for mais antiga do que PATRI, se nada constar em PATRI, como ficamos? Há anos tramita este SAC, não recebemos uma resposta, nem o muro é retirado de lá. Mesmo existindo o Decreto 43721 , de 2003, que especifica que a Travessa da Fonte possui 85 metros de comprimento, chegando portanto até a Fonte que lhe dá o nome (com o muro, esta rua não chega a ter 40 metros de comprimento). Mesmo exisitndo a RESOLUÇÃO 26/04 – CONPRESP/SMC que determina a abertura do processo de tombamento das ZPECs do município (Zonas Especiais de Proteção Cultural) e conforme ANEXO I desta RESOLUÇÃO, a ZPEC 156, denominada Morro do Querosene, delimita perfeitamente a Chácara da Fonte (SQL 82-402-0001). Portanto, nenhum muro poderia ser construído nesta área sem a devida autorização do CONPRESP (o muro foi construído em 2008 e o processo de tombamento foi aberto em 2004). Mesmo que existam fotos de 1972 mostrando claramente a rua atravessando toda a Chácara, Mesmo assim, o muro continua lá.
– No mesmo dia ainda levamos Manoel para conhecer os outros trechos do Peabiru da Vila Pirajuçara, já visitados por nossa equipe em sua primeira caminhada.
– Dia 24/01 a equipe de reportagem do Jornal da Cultura nos procurou para fazer uma matéria. Apresentamos alguns documentos e fomos para a Rua da Fonte. Eles queriam ver a Fonte. Insistiram e nós entramos por uma das residências que dá fundos para a Chácara. Atravessamos lixo, barro, mato e chegamos à Fonte. Dia 27/01 a reportagem retornou ao Morro do Querosene. Procuramos e passamos para eles alguns telefones dos Basile, pois eles também querem entrevistar os proprietários da Chácara. Eles também ligaram para o DPH. Muitos esclarecimentos foram feitos. Nosso projeto já vai cumprindo sua função social, atingindo seu objetivo de informar e educar a população. Esta reportagem deve ir ao ar dia 31/01/2011, no Jornal da Cultura.
– a Folha de São Paulo já manifestou seu interesse no assunto e o jornal O Estado de São Paulo agendou para dia 02/02 uma entrevista e visita à Fonte.
– estamos trabalhando na logomarca do projeto. Chamamos Maurício Santana para desenvolvê-la e ele já nos apresentou um esboço muito interessante. Devemos defini-la em breve.
2ª Atividade – Pesquisa Histórica
– No dia 06 fizemos uma visita ao Museu Anchieta e à Biblioteca do Pateo do Collegio, Padre Antônio Vieira, onde encontramos referência ao Peabiru feita a mão sobre dois mapas de São Paulo, indicando o caminho seguido pelos jesuítas, além de documentos e referências bibliográficas que citam ou falam diretamente sobre o percurso, como o livro “Sumé e Peabiru” e “Achegas para a história de Botucatu”, ambos do autor Hernani Donato (disponível para leitura na biblioteca) e “Uma Carta”, de Batista Pereira ao governador Paulo Duarte (de 1937). Trouxemos para nosso arquivo, cópia xerográfica de alguns textos publicados em revistas.
– No dia 15 fomos ao Arquivo Municipal de São Paulo para pesquisar documentos que fizessem referência à Vila Pirajuçara ou ao Peabiru. Encontramos vários recortes de jornais e revistas sobre o assunto. Devemos retornar para rever este material e buscar algumas cópias para nosso arquivo.
– Compramos um livro chamado “Caminhos Antigos e Povoamento do Brasil” de Capistrano de Abreu, que já está sendo lido pelo Paulinho. E Roberta está lendo “Raízes do Brasil” de Sérgio Buarque de Holanda. Vani está lendo “Os Incas estiveram aqui” de Luiz Galdino. Está havendo uma febre por livros históricos entre os integrantes da nossa equipe.
3ª Atividade – Fórum Social de São Paulo
– Inicialmente constatamos vários movimentos, assim como o nosso, voltados para a preservação de áreas dentro da Cidade de São Paulo: o Quarteirão do Itaim Bibi, o Parque da Água Branca, a Chácara do Jockey, a Praça Elis Regina e o Reciclázaro.
– Em 18/01 participamos da reunião do Movimento pela Preservação da Chácara do Jockey.
– O Fórum Social de São Paulo é uma iniciativa que visa promover o encontro e intercâmbio entre várias organizações da sociedade civil. Além de promover a discussão e divulgação das questões e ações sociais dos vários grupos. Decidimos nos inscrever para participar das atividades independentes que integram o Fórum Social de São Paulo. Nossa proposta: um mega evento, no dia 10 de abril, palco instalado na Rua da Fonte, participação de músicos, poetas, grafiteiros, historiadores, ambientalistas e autoridades políticas para denunciar nossa dificuldade em preservar a rua da Fonte sem muro, e mostrar a importância de se preservar a Chácara. Entre os artistas, Nasi, Planta e Raiz, Peixelétrico, Quinteto Branco & Preto, Orquestra de Berimbaus, Treme Terra, Tião Carvalho e Dinho Nascimento,.
– Já entramos em contato com vários artistas e iniciamos a procura por palco, som, iluminação e gráfica para fazer os cartazes.
– Dentro da programação, pretendemos fazer uma intervenção de aproximadamente 10 minutos baseada em nosso espetáculo “Peabiru, O Caminho Suave”.
4ª Atividade – Teatro “Peabiru, O Caminho Suave”
– o núcleo para concepção da peça de teatro já está praticamente formado. Além de Nelson Conde, Paulinho e Dinho Nascimento, Caco Pontes, Laureati, Orates Abatuke e Mauro Carota já participam das reuniões. Outros nomes cogitados para completar a equipe são: Inayara Samuel e Mariana Aciole.
– Decidimos que a estréia acontecerá no Teatro do CEU Butantã, num sábado, dia 17/09, ás 17 h. Outros locais onde devem acontecer apresentações são: CEU Uirapuru, EMEF Amorim Lima, Galeria Olido, Pátio do Colégio e Praça do Morro do Querosene.
– A diretora da EEPSG Alberto Torres, Sra Sandra, recebeu muito bem a idéia de utilizarmos uma das salas da escola para reuniões e ensaios. Quando fomos lá para conversar com ela, tivemos duas grandes surpresas: 1 – existe na escola, a Sala da Memória que guarda fotos e outras lembranças desta que foi a primeira escola do Butantã e importante Escola Rural de São Paulo. 2 – esta escola possui um teatro que está abandonado (muitas goteiras) e é utilizado pela DRE (Diretoria Regional de Ensino) que desde 2009 ocupa algumas salas da escola. Assim como foi um movimento de cidadãos do Butantã que conseguiram que a EEPSG Alberto Torres não desaparecesse em 2010, entendemos que será muito importante preservar e conquistar para a comunidade, o Teatro da Escola.
5ª Atividade – Simpósio
– Fomos no Instituto Butantã rever o combinado de realizar o simpósio no Anfiteatro. Surpresa: o antigo diretor que nos deu a carta de anuência, Sr Otávio Mercadante está deixando a diretoria que será ocupada pelo Sr Jorge Calil. Apenas a secretária estava presente e disse que precisaremos aguardar, talvez um mês, para marcar com o novo diretor a data do nosso simpósio.
– Já temos vários nomes cogitados: gostaríamos de trazer René de Guidon (do Piauí), Rossano Lopes (do IPHAN), Luiz Galdino (de Minas) além de Júlio Abe (de São Paulo).
6ª Atividade – Website
– Breve devemos reservar o domínio WWW.FONTEDOPEABIRU.COM.BR para hospedar nosso projeto “Peabiru, o caminho suave” (já investigamos e está disponível, assim como o www.fontedopeabiru.com que é mais barato).
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